domingo, junho 17, 2007

as portas da percepção ou de como eu preciso do seu olhar


o silêncio deixa uma infinidade de possibilidades para a imaginação e a imaginação é, para a realidade, uma porta fechada. e sabe que o é. vamos supor que você seja bom nisso e que sua imaginação encerre muito mais possibilidades do que o usual e que você se diverte nessa busca angustiante para chegar ao máximo de possibilidades, você passa pelas mais dolorosas e experimenta de sua dor, pelas mais alegres você se diverte e sorri e assim por diante, você acaba introjetando todas elas e acaba retornando em algumas e não são poucas as vezes, mas a troca de silêncios, para ser saudável, exige muito mais compreensão entre imaginação e realidade (do objeto) do que parece. Pois a natureza do silêncio é ambigüa, pode compreender o entendimento mais pleno e a indiferença mais fria.
Apesar da sensação de ter experimentado tantas possibilidades e tê-las sentido como se estivessem tocando a sua pele, você sabe que a porta ainda estava fechada e que pouco vale esse universo de experimentações imaginárias se o objeto não abrir a porta e deixar que você sinta não mais um milhão de possibilidades imaginárias, mas um milhão de momentos de possibilidades infinitas.

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