quinta-feira, maio 01, 2008

A melhor terça-feira da minha vida.

- arrume a sua gola.
- você é linda. - disse Brener sorrindo e se aproximando da mulher num gesto que oferecia o pescoço para o concerto.
- acordou bem humorado.. que bom. - respondeu Fernanda sorrindo e arrumando a gola da camisa.
O gesto era comum como nascer o dia, mas alguma coisa naquela manhã tinha um novo arranjo. As palavras de Fernanda sobre a gola da camisa não eram doces, mas também não continham amargura. Então o que fez Brener reagir tão carinhosamente àquelas palavras? Estou me adiantando porque nesse instante nada disso era pensado, eles estavam acordando e boa parte da consciência deles ainda estava sonhando.
Enquanto ela arrumava a gola da camisa de Brener seu seio raspou suavemente no peito dele, um encontro comum para um casal, mas era uma manha com um arranjo diferente e ele se esqueceu do horário, do serviço e bagunçando toda roupa deitou abraçado a Fernanda na cama. Fizeram amor sorrindo. Ela despia, sem entender muito bem, a camisa que a poucos instantes tinha ajeitado e ele acariciava seu cabelo espalhando-o no travesseiro. A roupa dela foi mais fácil de sair porque ainda estava de camisola - só ia trabalhar depois do meio-dia - fazendo com que ele chegasse primeiro as regiões que tanto o encantaram no começo do namoro.
Ele sentia um novo gosto e ela uma nova sensação, ainda não tinham perdido o encanto um pelo outro neses 4 anos juntos, mas também já fazia um certo tempo que não acontecia algo surpreendente.
O sexo foi forte e carinhoso, ele riu quando gozou e ela tinha molhado a perna dele toda enquanto estava por cima.
Ele estava deitado sorrindo quando ouviu ela perguntar "o que foi?".
- oi? repondeu ele meio sem saber o que tinha escutado.
A manhã tinha sido mágica até agora e as vezes a mulher precisa saber a razão disso tudo ao invés de simplesmente curtir o prolongamento do momento. Claro que o motivo da pergunta é para tentar descobrir a receita para fazer repetir manhãs tão especiais quanto essa.
Fernanda beijou Brener ao ver que ele mesmo não entendia bem o que estava acontecendo, mas que estava transbordando felicidade. Se beijaram longamente e pelados começaram tudo denovo, mas dessa vez era ainda mais forte, parecia que o encaixe deles era perfeito e ela estava quente por dentro, seus grandes lábios pareciam chupar o pinto de Brener e as diferentes partes da pele dela pareciam alças feitas para as mãos dele que a puxavam contra si. Gozou e se contorceu todo rindo e tremendo, ela que já estava molhada do gozo anterior molhou ele ainda mais e deitada sobre ele ria cansada. Sua cabeça desabou sobre o ombro dele.
- eu te amo - disse ele com cara de bobo e beijando ela com a rôla ainda introduzida, a virou e se levantou para ir trabalhar, dessa vez ela não ajeitou sua roupa, nem sequer se levantou. Ficou deitada na cama em extase. Não queria mais saber de receita, estava curtindo as tremidas que suas pernas ainda faziam involuntariamente.
Brener mal chegou no trabalho e sua chefe já brigava com ele na frente de todos sobre seu atraso e a desorganização de suas roupas, mas trepar de manhã é para encarar a rotina como é o protetor solar pra ir a praia, ou um protetor auditivo para o barulho, ou o óculos escuro para olhar a intensa luminosidade.
No meio da verborragia patronal, que não tinha nada a ver com o seu humor, ele começou a pensar por que aquela manhã estava tão especial aos seus sentidos? Então lembrou do comentário de Fernanda sobre sua gola. Tentou achar alguma coisa no ton daquelas palavras e viu nelas apenas normalidade. Tentou achar naquela raspada de peito algo mais, mas os peitos de Fernanda apesar de serem deliciosos ao rasparem na camisa não eram surpreendentes..
Brener finalmente percebeu que não eram as palavras ou o encontro da pele naquela manhã que tinham atingido as profundezas de seus sentimentos, mas o olhar de Fernanda que, sempre atento e carinhoso para com ele, nunca o deixara desprovido do carinho necessário para uma existência sadia.
Ao constatar isso ele sorriu graciosamente enquanto sua chefe brigava com ele. A chefe vendo aquele sorriso engasgou, havia enxergado naquele sorriso uma verdade tão profunda de um espírito livre que sentindo-se ofendida e incapaz de antingi-lo retóricamente o demitiu ali mesmo.

Fim

Acho que é isso... agora vou bater uma... carta hehehehe.
Vale lembrar que esse blog nunca se preocupou com revisões, sintaxe, ortografia, concordância, métrica, regras, gramática, etc. Aqui é um caderno de rascunho para idéias que irei desenvolver depois que me aposentar.
Obrigado
Leonardo Prata