domingo, setembro 24, 2006

in my solitude

dormi no melhor que a solidão pôde me proporcionar
até os sonhos essa campanheira me leva ao acordar
os momentos pequenos e sublimes que ela vem me contar
falando baixinho e devagar para só eu escutar,
não sei porque, mas não consigo expressar.
assim no silêncio, quem consegue sequer imaginar
a melhor maneira para se contar?
os segredos que as noites solitárias insistem em cantar.

segunda-feira, setembro 18, 2006

descompasso

um salto qualitativo dado fora do tempo e espaço
um delírio imaginativo ou só embaraço?
nesses dias de descompasso,
o que que eu faço?
acostumado ao parado, regulo meus passos
inquieto nunca calado, finjo, disfarço.
falo sobre o que não sei, abro o que não dei.
nesses dias de descompasso,
o que que eu faço?

cansei de tentar fazer disso algo razoável.

segunda-feira, setembro 11, 2006

sambinha da memória fraca

hoje vesti as roupas de uma felicidade fugaz
só para poder me destrair
já que a verdade está longe demais
e eu não quero sair; daqui.

entre memórias e esquecimentos
só restam pequenas glórias e tantos tormentos
já não me recordo mais
daqueles saudosos tempos de paz.

hoje torci para que minhas virtudes prevalecessem
para que os sofrimentos se desintegrassem
mas só a inércia me visitou
só a inércia me visitou.