quinta-feira, dezembro 21, 2006

a tempestade no oceano

meu olhos apontam para o nada e nada vejo. a impressão que tenho é que não perco nada, (valeu laerte) mas nada tenho. estou em algum lugar do tempo ou do esquecimento é frio e amplo e distorcido. afogado no meu próprio ego, me resta a caridade. é o resultado do dano. o abismo tem dois gumes e te corta em quantos fragmentos inteiros você conseguir contar. agora somos dois estranhos que se conhecem bem. agora, não existe mais para mim. agora é só um ponto, é só uma gota e eu sou a tempestade.

domingo, dezembro 17, 2006

não posso ser contido.

mais fumaça que matéria
não tenho forma, sou idéia
perambulo pelo tempo
vagabundeando pelos momentos
a vida é quem exige o esquecimento
os pedaços que guardo em segredo
espero encaixem com os seus
pois é fumaça, é idéia
muito mais sangue que artéria.

domingo, dezembro 03, 2006

poesia picaretista, ops concretista

desconfio,
descuido,
descompasso,
descaso,
desastre
destemido,
destino.