quinta-feira, maio 25, 2006

dos meus paraísos artificiais.

o tempo nunca esteve do meu lado, acredito que ele nunca esteve do lado de ninguém, como diz a famosa frase "le temps détruit tout" e é assim que a banda toca. mas existem aqueles paraísos artificiais, lugares onde você se esconde do tempo, abraça o infinito e contempla o delírio. as vezes mergulhado em um bom gole, ou enfumaçado por um delicioso aroma vindo de cabrobró, nessas ocasiões outro ritmo nos toca, pela lembrança ou esquecimento somos guiados e a razão perde espaço, se deixa levar nesse barco ébrio que é a mente sob efeito das substâncias. o gosto pelo infinito rege os homens descompromissados com a mesquinhês dos tempos modernos, quando falam vagabundo, dizem de boca cheia, viram copos, e assassinam o tempo em mesas sujas de bar. Uma linha tênue separa o infinito do abismo e infelizmente é o maldito tempo que irá nos mostrar isso, mas só quando acabarem os doces paraísos artificiais.

(continua um dia)

Nenhum comentário: