
O destino geralmente ofende aqueles que não se contentam com um aspecto dominador de suas próprias decisões, ou seja, mesmo diariamente assumindo escolhas, as mesmas não podem sonhar em dominar meu espírito. Afinal de contas, quem é o capitão desse navio? Existe, para meu espírito, uma única maneira de continuar voluntariamente em algum caminho, o mesmo precisa ser intenso. E pode parecer fácil achar isso, mas nesses dias quando o tédio quase que exclusivamente gerencia a vida, intensidade é uma raridade.
Dessa forma já faz anos que me vejo perdido, me agarrando em futilidades para freiar a qualquer custo o caos, mas toda vez que casei com futilidades do divórcio só herdei o cinismo. Assim, minha busca tornou-se achar uma fórmula para se mover intensamente. Um estado de espírito que facilitasse as coisas, custando alguns relacionamentos, descobri que preciso estar constante e completamente apaixonado. Quanto mais a paixão me empurra para o abismo da loucura mais ela move minha vida do jeito que eu gostaria.
Assim nós vamos, a cada conversa, construindo nossa história secreta, aquele universo infinito enquanto for apaixonante.
Depois eu conto porque o Destino é um canalha.
2 comentários:
Gosto do teu jeito de escrever implicitamente. Foi-se o ponto final do texto e cá em minha cuca ficaram algumas interrogações. Sim, o Destino é um canalha... mas podemos escolher ser imbecis de cair nas mãos dele ou não. A paixão move, loucamente, pra caminhos às vezes desconhecidos, mas move. Enfim, cada um tem uma história secreta pra contar. Beijo de carnaval pra você!
Nós fazemos de nosso destino um canalha, sem nossa ajuda ele não conseguiria.
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